domingo, 11 de junho de 2017

Sérgio Conceição. Há dias disse aqui que me agradava a escolha. Agora fiquei a admirá-lo mais...

Sérgio Conceição apresentado como treinador do Futebol Clube do Porto (08/06/17)
 
 Em 5 de junho, escrevi no Asas da Montanha: "... pela primeira vez em alguns anos, digo que me agrada a escolha. Entre os treinadores apresentados como possíveis, Sérgio Conceição é aquele que me suscita mais confiança. Acredito (...) este treinador é bem capaz de nos surpreender agradavelmente."

Tive acesso a uma entrevista que Sérgio Conceição a FLASH! no Verão passado onde ele aborda temas como a família, os filhos, a fé, a perda dos pais, a educação, a sua maneira de estar na vida e no desporto.
 
A esposa e os filhos
Com a mulher, Liliana, com quem começou a namorar na adolescência. Apaixonados,
 nunca mais se largaram e são um casal feliz.
Com a mulher e os cinco filhos. Junto o fiel amigo
 
"Vim de uma família assim. Quando conheci a Liliana tinha 14 anos. Casámos cedo, ela tinha 17 e eu 20.Sempre quisemos ter filhos. É verdade que andámos à procura da menina mas de qualquer maneira somos extremamente unidos e felizes com os nossos cinco rapazes. Estamos muito satisfeitos, não fossem as cinco cesarianas e certamente pensaríamos em ter mais."
 
"Abdico de muitas coisas que gosto de fazer para dispensar algum tempo para os meus filhos. As férias são o momento em que podemos estar mais tempo juntos. A minha profissão faz com que esteja fora muitas vezes e a Liliana tem sido uma mãe fantástica."
 
"Sou um pai muito rigoroso. Têm metas e objectivos naquilo que fazem. Sou muito exigente nisso. Não sou o pai que dá sem ter nada em troca. É importante fazê-los sentir que as coisas não são fáceis. A minha família continua a ser bastante humilde, percebendo que nenhum dinheiro do mundo faz a diferença entre as pessoas. Orgulho-me deles serem humildes e simples na forma de estar."
 
Os pais
"Tive uma infância muito difícil. Perdi os meus pais muito jovem. Tinha 16 anos quando perdi o meu pai e 18 quando perdi a minha mãe. Foi um golpe duro porque sou de famílias extremamente humildes. Era como todos os jovens adolescentes, cheio de sonhos. Foi toda essa dificuldade que fez com me revoltasse com a própria vida. Não foi um momento nada fácil."
 
"Eram pessoas bastante humildes que trabalhavam para sustentar uma família numerosa. Éramos oito irmãos e houve momentos muito complicados."
 
A Fé
"Todos os dias me agarro a Deus. Ao domingo vou à missa, sou praticante com muito orgulho. A religião faz parte da minha vida e da dos meus filhos. Incuto-lhes esse meu estado de espírito. Sentimo-nos preenchidos com aquilo que é a nossa fé."
 
Solidário
"Ajudo há muitos  anos. Tenho alguns centros que ajudo em Coimbra. São coisas feitas de coração, que sinto necessidade de fazer.
Sentir que posso ajudar miúdos que estão na mesma situação que eu e não o fazer é sentir que não estou a cumprir uma missão. Graças a Deus posso ajudar e faço-o com todo o gosto."
 
Paixão pela profissão
"Sou muito apaixonado por aquilo que faço. Passo o dia inteiro no clube, a preparar tudo ao pormenor. Ser treinador de futebol é apaixonante, é fantástico mas também muito exigente no que diz respeito ao tempo que se dedica a esta profissão.
É mais ambição! Muita vontade, acreditar e um foco permanente naquilo que sou na minha vida profissional. Com todos os erros, todas as coisas negativas. Dou o corpo às balas, assumo sempre os meus erros mas não me desvio daquilo que é o meu caminho."
 
Futebol, mundo cruel
"É difícil. Não estou a cuspir no prato onde como. É um mundo de mentira, que envolve muito dinheiro e, por si só, existe essa hipocrisia. Como em todos os negócios que envolvem dinheiro. O lado bom continua a ser os jogadores, os espetáculos que nos proporcionam e a alegria que nos dá."
 
Pode ler aqui a entrevista completa.


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