terça-feira, 11 de julho de 2017

Somos um povo generoso, mas a quem falta a generosidade da persistência


Acabei de ver um vídeo que me fora enviado pelo facebook, via messenger.
O que vi conformou aquilo que todos já sabemos sobre nós portugueses. Frente à calamidade que surge, reagimos com o coração, somos imbatíveis na generosidade. O problema está na continuidade, na persistência. Reagimos como se as pessoas só tivessem fome, sede, frio, necessidade de medicamentos, de assistência, de casa... naquele momento inicial. Esquecemos que as necessidades são de ontem, de hoje e de amanhã.
E esta falta de persistência na ação não é só dos cidadãos, é também dos governantes, das associações, dos movimentos.
O vídeo retrata o momento em que chega um carregamento solidário de Cáceres (Espanha) a Pedrógão Grande e não há ninguém para receber a oferta.
Igualmente refere o vídeo as muitas ofertas acumuladas mas que não chegam às pessoas que delas precisam a sério. E tantos necessitados que  não têm transporte para vir à procura daquilo que precisam!
O voluntariado, no início intenso, vai rareando.
As burocracias, que em Portugal são esmagantes,  impedem que os auxílios estatais e europeus cheguem a horas a quem necessita. E para quem precisa mesmo, uma hora é uma eternidade...
Primeira socorram-se as pessoas, ajudem-se as pessoas, acompanhem-se as pessoas, ajude-se a abrir estradas de esperança às pessoas.
Depois discutam-se as culpas e os culpados, peçam-se demissões, apurem-se os responsáveis, faça-se justiça. Mas não em cima do sofrimento evitável dos cidadãos!

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